terça-feira, 3 de setembro de 2013

SAYONARA(QUARAÍ-RS) - EDUCAÇÃO - AS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS





AS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS 

Resumo: O positivismo, a fenomenologia e o marxismo são as principais correntes teóricas do pensamento contemporâneo. Basicamente, essas são as três linhas de idéias fundamentais e de extrema importância para nossos estudos. Elas servem como nosso guia, pois nos basearemos a partir dos conceitos das mesmas em nossa futura prática profissional. Estas linhas são as tendências que se concretizam em nossos trabalhos, ou pesquisas. O conhecimento é fator essencial; ter uma concepção de vida, do homem e do mundo é base indispensável de todo enfoque teórico. É preciso compreender o homem a partir da realidade do mundo em que ele vive e integrar as correntes do pensamento dentro de uma concepção geral e ampla, adaptando-as com as necessidades do meio em que vivemos.  

Palavras-chave: positivismo; fenomenologia; marxismo

INTRODUÇÃO

     Neste artigo pretendemos, em geral, analisar os conceitos fundamentais das principais correntes do pensamento. Primeiramente analisaremos o positivismo, o que é positivismo, qual a sua visão de homem e mundo, e quais as influências que ainda hoje persistem da linha positivista. O fundador dessa linha de pensamento é Augusto Comte, baseada nos dados da experiência como a única verdadeira, negando outra realidade que não seja a dos fatos que podem ser observados.

     Logo em seguida, falaremos da fenomenologia, procurando destacar seus aspectos importantes, contextualizando seu surgimento e que influências teve e ainda tem até a atualidade. Essa corrente teve como grande mérito o de ter questionado os conhecimentos do positivismo, elevando a importância do sujeito no processo de construção do conhecimento. 

     O marxismo é a última corrente a ser analisada, destacando suas principais características, e como esta linha de pensamento marxista está relacionada com os dias atuais. Certamente a teoria marxista será a linha em que mais trabalharemos, visto que essa está comprometida com um projeto de transformação da realidade social, visando uma idéia global   sobre  a  realidade. Com   ênfase  a  estas  colocações, o  artigo  tem  a  intenção  de demonstrar como essas três correntes se constituem, destacando os traços fundamentais que distinguem o positivismo, a fenomenologia e o marxismo

1 POSITIVISMO 

1.1  Idéias básicas

      O fundador do positivismo foi Augusto Comte, não nasceu espontaneamente no século XIX, suas raízes podem ser encontradas já na Antiguidade. É uma tendência dentro do Idealismo Filosófico e representa nele uma das linhas do Idealismo Subjetivo. Tem por base a exaltação dos fatos, sendo uma reação à filosofia expeculativa e sua expeculação pura. O termo identifica a filosofia baseada nos dados da experiência como a única verdadeira. O conhecimento se afirma numa verdade comprovada, sendo assim considerado o método experimental o caminho para o pensamento científico, a verdade comprovada jamais é questionada. O positivismo, uma corrente filosófica, caracteriza-se por três preocupações principais: Uma filosofia da história (na qual encontramos as bases de sua filosofia positiva e sua célebre “lei dos três estados” que marcariam as fases da evolução do pensar humano: teológico, metafísico e positivo); uma fundamentação e classificação das ciências (Matemática, Astronomia, Física, Química, Fisiologia e Sociologia); e a elaboração de uma disciplina para estudar os fatos sociais, a Sociologia que, num primeiro momento, Augusto Comte denominou física social (Triviños, 1987, p. 33).

      O positivismo rejeita o conhecimento metafísico, devendo limitar-se ao conhecimento positivo, aos dados imediatos da experiência. Defende a idéia de que tanto os fenômenos da natureza como os da sociedade são regidos por leis invariáveis.

      Podemos distinguir três momentos na evolução do positivismo. A primeira fase, chamaremos de positivismo clássico, na qual, além do fundador Comte, também se sobressaem os nomes de Littré, Spencer e Mill. Logo após ao final do século XIX, o empiriocriticismo de Avenarius e Mach. A terceira etapa denomina-se de neopositivismo e compreende uma série de matizes, entre os quais se podem anotar o positivismo lógico, o empirismo lógico, vinculados ao Círculo de Viena (Carnap, Schlick, Frank, Neurath, etc.); o atomismo lógico (Russell, 1872-1970, e Witgenstein, 1889-1951); a filosofia analítica (Witgenstein e Ayer, n.1910) que acham que a filosofia deve ter por tarefa elucidar as formas da linguagem em busca da essência dos problemas; o behaviorismo (Watson, 1878-1958) e o neobehaviorismo (Hull, 1884-1952, e Skinner, n.1904) (Triviños, 1987, p. 33 ).
      Facilmente se observa que a filosofia positiva se colocou no extremo oposto da especulação pura, exaltando, sobretudo, os fatos.

Leia na próxima Edição:

1.2 Positivismo Clássico

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