quarta-feira, 3 de julho de 2013

COLUNA DO PAULO TIMM(Torres-RS) - & Drops - OS FUNDAMENTALISMOS - A Evolução das Manifestações - Previsão possível




Clique para abir - Drops- Informativo  Diário : OS FUNDAMENTALISMOS 

O FUNDAMENTALISMO E OS ÍDOLOS DA RAZÃO

 "Além  do bem e do mal”
                                            Paulo Timm – Torres RS julho 03 - copyleft

“ De acordo com Francis Bacon, o homem se desenvolve por meio das experiências que ocorrem em sua vida. Entretanto, afirma que apenas o uso da razão, não será suficiente para compreender o mundo. Este apresenta uma crítica ao racionalismo, afirmando que a mente humana pode ser facilmente desviada de seu foco racional. A resposta para este desvio se deve a presença dos “ídolos” que atrapalham a razão.
 “Não é a dúvida, mas a certeza, que o torna louco.
 Nietzsche
“ Desconfio do homem de um livro só”
Santo Tomaz de Aquino

Ultimamente, tem-se ouvido falar muito em “ fundamentalismo”, associando-o sempre à manifestações religiosas conservadoras radicais, mormente no seio da religião muçulmana. Não obstante, embora o termo tenha nascido no Sec. XX ,em torno da controvérsia sobre origens do Homem, no cristianismo, ou de reações aos valores da modernidade – a “ Controvérsia Fundamentalista-Modernista” - , ele alargou-se para outras religiões e hoje é entendido como qualquer  crença dogmática, inclusive no campo das ideologias políticas ou mesmo das ciências
.

O que é fundamentalismo?


É o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados. Fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e pregam que os dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos à risca.
O termo surgiu no começo do século 20 nos EUA, quando protestantes determinaram que a fé cristã exigia acreditar em tudo que está escrito na Bíblia. Mas o fundamentalismo só começou a preocupar o mundo em 1979, quando a Revolução Islâmica transformou o Irã num Estado teocrático e obrigou o país a um retrocesso aos olhos do Ocidente: mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto e festas, proibidas. “Para quem aprecia as conquistas da modernidade, não é fácil entender a angústia que elas causam nos fundamentalistas religiosos”, escreveu Karen Armstrong no livro Em Nome de Deus: o Fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo.

 (Adriana Küchler - http://super.abril.com.br/religiao/fundamentalismo-445747.shtml)



O fundamentalista é aquele homem de um livro só, como dizia Sto. Tomaz, sobre o qual constrói suas certezas absolutas,  recusando-se  à duvida e ao diálogo com outras interpretações da mesma realidade. É esta verdade reconstruída do real, como ideal,  que lhe cega a ponto de  transformá-lo no limite, num artefato da violência contra os que não comungam da mesma visão. Muitas vezes, chegando à loucura.

Fundamentalismo é a estrita aderência a um conjunto específico de doutrinas teológicas tipicamente em reação à teologia do Modernismo.1 2 3 O termo "fundamentalismo" foi originalmente designado por seus defensores para descrever uma lista específica de credos teológicos que se desenvolveu em um movimento na comunidade protestante dos Estados Unidos na primeira parte do século XX, e teve sua raiz na Controvérsia Fundamentalista-Modernista dessa época.

O termo desde então tem sido generalizado para significar a forte aderência a qualquer conjunto de credos em face do criticismo ou impopularidade, mas tem mantido suas conotações religiosas. 4
O Termo fundamentalismo popularmente empregado refere-se pejorativamente a qualquer grupo religioso de infringentes de uma maioria, conhecido como Fundamentalismo religioso, ou refere-se a movimentos étnicos extremistas com motivações (ou inspirações) apenas nominalmente religiosas, conhecido como Fundamentalismo étnicoO Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta
indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo.

Fundamentalismo "é um movimento que objectiva voltar ao que são considerados princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do determinado grupo". Especificamente, refere-se a qualquer grupo dissidente que intencionalmente resista a identificação com o grupo maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro grupo maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.

No estudo comparativo das religiões e etnias, fundamentalismo pode se referir a movimentos anti-modernistas nas várias religiões.

Por extensão de sentido o termo "fundamentalismo" passou a ser usado por outras ciências para significar uma crença irracional e exagerada, uma posição dogmática ou até um certo fanatismo em relação a determinadas opiniões, como em Economia ocorre com "fundamentalismo de livre mercado".

A questão central do fundamentalismo, portanto, não são os radicais religiosos. Eles são apenas a ponta visível do iceberg compreensivo do real. Na verdade, não sabemos o que é o real. Ele é , sempre, uma enigmática esfinge que se erige ante nossos sentidos á espera de significação. Mas aquilo que o corpo sente fisicamente, a alma humana já pressentiu e o espírito lhe atribuiu um significado. Daí porque, desde que o homem reina sobre a Terra, o mundo é o mesmo  mas as visões deste mundo se alteraram, não apenas porque a razão musculou-se, mas porque a alma e espírito humano também mudaram. É muito importante, pois, para bem entender as raízes do fundamentalismo, que consiste numa resistência à mudança nas percepções do mundo, se ter uma idéia, mesmo aproximada,  dos grandes paradigmas de  sua interpretação. Este foi o grande objetivo da obra de Lewis Mumford em seu clássico “ A Voz do Homem” – Ed. Globo,1952.

Não vou, claro, reproduzir neste curto espaço as longas reflexões de Mumford sobre a consciência do homem sobre si mesmo e o que o rodeia. Escrito numa época em que a Antropologia dava seus primeiros passos, ele evita falar do homem pré-histórico mas, evita, também, cuidadosamente, falar em “ evolução” ao traçar o perfil do Homem Clássico, do Homem Medieval e do Homem Moderno. Adverte, porém, para a crise deste último. Os medievalistas contemporâneos lhe fariam reparos quanto o medievo, e até por isso deixo de comentar. Centro-me no clássico e no moderno.

O homem clássico é o que se organiza em torno do helenismo, conceito abrangente que sintetiza a civilização que se tem seu apogeu na Grécia e em Roma. É o homem da razão emergente que tenta encontrar, tropegamente,  a explicação das coisas nas próprias coisas e não nas linhas do destinos. Uma filósofa brasileira, Marilena Chauy, descobre na palavra DESEJO, o princípio revelador da negação do Poder dos astros sobre a vontade humana: de-sidere, ou seja, contra os astros.  Antes dela, outro filósofo já havia advertido para a importância do desejo e da vontade para a afirmação do homem: F.Nietzche.  Em seu prólogo à penúltima obra  - “ Crepúsculo dos Idolos” , ele confessa a tarefa de levar a cabo, para livrar-se do terrível  destino,  a sua obra capital como  “ A vontade de poder” , ou a  “A Transvaloracão de todos os valores”. Ele, porém, percebe que a razão, desde Sócrates, se convertera, nas mãos da Filosofia,  em novo ídolo.  Com isso, revela-se como pioneiro da contestação à própria Modernidade que se desenrolava ante seus olhos. Para ele  Sócrates não “foi livre” de ser dialético e racional: esteve forçado a sê-lo.  E desde então, a razão, em vez de fortalecer o espírito humano, o enfraquecera.

Mas o  que é e em que  consiste a Modernidade?

O Homem Moderno redescobre,  sob a égide de novos atores históricos, o classicismo,  sob os olhares das Luzes. Acompanha-lhe uma nova de produzir, uma nova de organizar o Estado e as Classes, novas formas de pensar. A Razão e a Liberdade voltam ao proscênio , revigoradas pelos cientistas e pensadores do Século XVII,  os quais colocaram a  observação experimental no centro do entendimento do real.

“ O iluminismo forneceu os dois conceitos fundamentais que justificaram o papel universal da burguesia européia: razão e liberdade. Conceitos gêmeos. Até então, a revelação e a tradição é que forneciam normas válidas para a organização da vida social. O pensamento só poderia ocupar um lugar central se também dele fosse possível deduzir princípios e normas universais que ultrapassassem os limites da mera opinião. Enorme desafio.

Os iluministas afirmaram que era possível superá-lo: o pensamento podia produzir esses conceitos universais, e à sua totalidade eles denominaram razão. A razão pressupunha a liberdade, pois o sujeito só pode atingir a verdade se o seu esforço de conhecimento não reconhecer nenhuma autoridade externa que lhe imponha limites. E a liberdade pressupunha a razão, pois ser livre é poder agir de acordo com o conhecimento da verdade.
(Cesar Benjamin – Atualidade de Marx )

Um dos principais autores que abriram as portas do Iluminismo, que construiria o Homem Moderno foi Frances Bacon ((Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626). Curiosamente, porém, ele se dá conta dos riscos do racionalismo, apontando precocemente para as armadilhas da razão,  e demonstra como ela pode sucumbir ao que chamou de “ Idolos da Razão”, um conjunto de pré-conceitos que obliteram a isenção do observador.

Os progressos da Ciência, porém, e seu alargamento ao campo do entendimento da Sociedade, originando as Ciências Sociais, de pouca convergência ideológica, consagraram o Mundo Moderno transformando a Razão e a Liberdade, não só em vetores do conhecimento , mas em elementos constitutivos da vida que lhe corresponde. Não por acaso, por exemplo, evoluiu a tecnologia no Século XX ao ponto de tangenciar as estrelas, projetando o Homem num novo umbral da civilização – aeroespacial - , reduzindo o globo terrestre à Aldeia Global (Mac Luhan) como as liberdade públicas e privadas vieram a identificar este mesmo  século, na palavra de um dos  principais estudiosos deste tempo, Norberto Bobbio, o “ Século dos Direitos” . Isto, contudo, não se construiu sem dificuldades, obstáculos, conflitos religiosos, políticos e ideológicos e até tragédias, como as duas grandes Guerras Mundial que custaram não menos do 100 milhões de vítimas, ou quase 10% da população existente no mundo em 1900. Consagradas, as versões de Razão e Liberdade do mundo contemporâneo, com os seus corolários na tecnologia embutida em objetos de alcance quase universal e na construção de uma  Ordem Social Competitiva, sob os cuidados de um Estado laico separado das confissões religiosas, transfiguraram-se  em novos ídolos. Diante deles, toda a contestação crítica, transforma-se em heresia, punida, senão com a violência das fogueiras da Inquisição Medieval, certamente, com o mesmo resultado da sua balcanização. A dor, porém, dói mais, agora, porque fere a alma e não apenas o corpo. A crueldade moderna se sublimou, tornou-se sutil e até sofisticou-se em eufemismo que afastam suspeitas da hipócrita consciência que lhe corresponde.

 E aí surgem  novas vertentes de um tipo de fundamentalismo secular: Na Filosofia Econômica, há os defensores intransigentes  do Mercado, como dogma do funcionamento da Economia, aos quais se opõem os defensores do Socialismo na expectativa de substituí-lo por uma Economia Centralmente Planificada, cujo maior Profeta foi Karl Marx, ainda no século XIX.. No tocante à Filosofia Política, a montagem de uma Democracia Representativa de base parlamentar e apoio em Partidos Políticos que disputam o voto popular, também acabou se transformando em credo indiscutível, contra o qual se erige cada vez mais, no mundo inteiro, o Direito de Resistência de milhões de jovens que almejam uma reaproximação do Direito com a Política. Não poucas vezes, também aqui, defensores e acusadores da Modernidade acabam se convertendo em credos fundamentalistas, transbordando em  obscuridade e violência.

Vários filósofos, nas últimas décadas vêem percebendo os desafios da Modernidade, aprofundando a compreensão do que poderíamos chamar de  Idolos da Razão Moderna, numa evocação ‘a obra de Frances Bacon. Tratam eles de mostrar como acabamos, involuntariamente, cativos de razões que nossa própria razão desconhece. Antecipando a Antroplogia, Marx já havia apontado o caráter de classe da cultura, na forma de uma ideologia a serviço da classe dominante no mundo moderno. Freud, leitor de Nietsche, a quem temia, segundo depoimento, volta seu olhar para a alma humana e lá revela que os passos anteriores do poeta, no descentramento do juízo perfeito. A Teoria Crítica da Escola de Frankfurt evidenciou os males da indústria cultural na massificação de uma falsa consciência do mundo.

Causa espanto, pois, nos dias de hoje que ainda se encontrem tantos adeptos de idéias e ciências positivas que se pretendam o domínio absoluto do real, a ponto de reproduzi-lo pela práxis política na Sociedade. Eles confundem a fábula do “ verdadeiro”  idealmente construído e inexistente  com o real palpitante.  No campo das idéias políticas esta tendência vem sempre fortalecida pelos progressos da tecnologia, como se fosse possível a instauração de um Reino da Verdade, sob o império da razão, seja ela oriunda da esquerda ou da direita. Aliás, até pode ser o Império da Razão, mas de uma razão instrumentalizada pelo dogma, muito distante do real, sempre inacessível, embora não necessariamente imperceptível à tríade do corpo, alma e espírito.

Estas tendências políticas reacendem o debate sobre o fundamentalismo, desbordando-o do campo das idéias religiosas para a Política. Lembre-se que os dois primeiros experimentos, neste sentido, foram o nazismo de Hitler e o socialismo real de Stalin, o primeiro destruído pela força das armas, o segundo , exaurido em suas próprias malhas. Mas retornam à cena diante da Crise Internacional. Ela reacende ideais sepultados, dificultando a procura de novas saídas. O risco dos tempos que correm, portanto, correm menos pelas ruas, por onde flui o real, do que pelas tentativas de compreendê-los aquém da alma...E não estou falando da Metafísica, assassinada desde Nietszche.  Deus está morto. E nada lhe substitui à altura.O dia recém amanhece  e culminará ao meio-dia,  “o instante da sombra mais curta”...É preciso abrir, sim os olhos das pessoas, mas sempre com o cuidado de não arrancá-los.







COMENTÁRIO 171 de 28 de junho de 2013

Assunto: A Evolução das Manifestações -  Previsão possível

Quem ganhou, quem perdeu
     O futuro é, por definição, contingente e quase tudo pode acontecer. Ainda assim, quando se nota uma tendência, há grande possibilidade que tenha continuidade, a menos que algum fato novo venha alterar os rumos
     Poderia ser que as manifestações se extinguissem naturalmente, mas a tendência é que continuem, só que cada vez mais incorporando vândalos e bandidos e isto afasta os originais manifestantes, apenas indignados. Que deram um susto um susto nos políticos foi evidente, e já forçaram a solução de alguns atos que facilitavam a corrupção. Mas o aproveitamento das manifestações pela marginalidade tende a forçar o endurecimento da ação policial, e a reação a isto ainda não se pode prever.
      Até agora existem dois beneficiários da situação: O Lula, que sumiu estrategicamente no aguardo que, pela perda de prestígio da Dilma cresçam suas chances de ser o candidato do PT, ou no mínimo para que não se lembrem de suas falcatruas. Mais beneficiada ainda seria a ex senadora Marina Silva que, por ainda estar sem partido, consegue capitalizar a aversão a todos os partidos, enquanto populações ignoram que está a serviço do estrangeiro e que acabaria de destruir o País, se fosse eleita. Ainda que isto seja inexequível, certamente conseguirá seguidores suficientes para conseguir influir, malignamente, nos destinos do País.
      No mais, todas as instituições e todos os outros candidatos a candidatos ficaram prejudicados e tentam correr atrás do prejuízo: Os congressistas acabam com a PEC 37 e com os 14º e 15º salários enquanto aguardam uma oportunidade de retomar o status quo anterior, pois o lobo muda de pele, mas não de índole. O Judiciário chega a prender um deputado em pleno exercício do mandato enquanto desencava argumentos jurídicos para impedir mudanças.
     Os esquerdistas radicais do PT e aliados, violentamente repudiados, tentam organizar o movimento em seu favor, criam milícias de proteção. Os Tucanos e seus aliados, nada tendo a capitalizar, atribuem às mazelas dos governos petistas a insatisfação popular, tentando eclipsar as mazelas dos seus governos. Entretanto a mais prejudicada, fora de dúvida foi a própria Dilma. Ainda que as manifestação, ao menos inicialmente não visassem a pessoa da Presidente, a mandatária foi a mais prejudicada pois mesmo não sendo pessoalmente responsável por algumas das situações ela encarna o sistema.
     O fato é que Dilma tem consciência que está em jogo sua reeleição, e quem sabe o seu governo. Os protestos que pipocam em todo o país, e com a ameaça de inflação, sem dinheiro em caixa para investimentos que contemplem difusa pauta de reivindicações, resta à presidente tentar resgatar a imagem com que inflou sua popularidade nos primeiros tempos: a de intransigente com a corrupção e com o que chamou de  "malfeito''. Se o fizer, recuperará em dois tempos o apoio popular, mas “adeus” às alianças para reeleição. Não fazendo, de pouco lhe valerão as alianças sem o apoio popular.

Guinada à esquerda ou à direita
 No Congresso, há aliados que sugerem que Dilma abra mão do PMDB e faça uma coalizão mais à esquerda. Certamente ela já terá percebido o que pode fazer a classe média quando mobilizada, e não entrará nessa fria. Ainda não se ouviu sugestões de guinada à direita, mas muitos são os pedidos de transparência nos gastos, de redução de cargos de confiança, de diminuição do número de senadores, de deputados e de vereadores – gente quase inútil - e principalmente de ministérios, criados apenas para dar cargos à aliados .
     Dilma foi vaga no primeiro pronunciamento, mas depois apresentou propostas objetivas. A principal é um plebiscito para ver o que o povo realmente quer. Excelente, a Democracia Representativa não deu certo, e com as facilidades da Internet a tendência será a Democracia direta, para desgosto dos políticos. Isto é, desde que se cumpra a decisão popular. Se é para fazer como o plebiscito do desarmamento, é melhor nem tentar.
    Dilma conseguiu sair da defensiva, mas deixou todos os políticos em xeque; tendo que aderir ou arder nas ruas como insensíveis à demanda popular. Isto terá um alto preço É possível que só consiga governar sob estado de sítio, como fez Artur Bernardes, mas só poderá se manter, nesse caso, se tiver o apoio do Exército
     O fato é que a Presidente terá todos contra si. Ao enquanto que tenta responder aos protestos, terá de lidar também com o crescimento, no PT, de setores que pregam a volta de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato. Se não afastar alguns ministros, não somente por serem lulistas, mas principalmente por serem prejudiciais ao País –como o Gilberto Carvalho, sua autoridade terá acabado, mesmo se não perder o mandato

E se Dilma cair, ou se não for reeleita, como é que fica?
     Bom não está, mas claro que fica pior. Já imaginaram a volta de Lula? Qual tem sido a proposta de Aécio? Aquela que o PSDB praticou, quando, com FHC, esteve no poder: arrocho fiscal, monetário e desnacionalização ou seja, anti-nacionalismo? E com a Marina? Seriamos divididos em umas quantas nações indígenas e o restante viraria o paraíso das plantas nativas, sendo proibido produzir alimentos? Isto seria a guerra civil.     Somemos a esses cenários apocalípticos o dia em que o Lewandovsky ou o Toffoli assumirem a presidência do STF
     Ruim está! Pior ainda pode ficar

Que Deus Proteja o nosso País

Gelio Fregapani



ADENDO
UMA OPINIÃO SOBRE PLEBISCITOS
Inspirado em artigo recebido, sem autorização de citar o autor

Poderíamos aproveitar a massa crítica criada pelos movimentos de rua para que as mudanças necessárias sejam efetuadas. Porém, propostas através do Congresso, por meio de uma PEC, não vão funcionar. Infelizmente, elas são inócuas, pois jamais os congressistas, de livre e espontânea vontade, limitarão seus privilégios e coibirão seus interesses, pois a única maneira de conseguirmos as mudanças radicais desejadas no sistema político do Brasil é por meio de um PLEBISCITO.
As redes sociais estão mobilizadas e conseguindo respostas da população. As propostas da multidão são vagas e difusas.   Um PLEBISCITO canalizaria as propostas e permitiria sua operacionalização. Há vários aspectos de nosso atual sistema que precisam ser mudados. O momento é agora.
O Governo Federal, encontra demasiadas dificuldades para obter a aprovação do Congresso de qualquer projeto visando modernizar o sistema. Por essa razão já demonstrou que deseja o plebiscito. Melhor oportunidade do que esta dificilmente aparecerá.  Agora é a hora de mostrar o que queremos, mas é importante que o Governo siga os desejos demonstrados pela Nação, e não faça como o plebiscito (ou referendo) do desarmamento. Entretanto precisamos reunir as propostas de mudanças numa forma coerente.
Devemos considerar que os políticos demonstram verdadeiro horror de plebiscitos, que se forem freqüentes dispensarão a politicalha e os próprios parlamentares. Muitas pessoas honestas também os temem, pois sabem que as respostas podem ser induzidas por perguntas tendenciosas. Entretanto não terão resposta para o exemplo do plebiscito do armamento, onde além do questionário tendencioso e da propaganda, tivemos uma imensa gama de pressões de políticos influentes (e interesseiros) e até do estrangeiro. Nada disto adiantou. O povo sabe o que quer.
Ainda que a democracia direta seja uma boa idéia, tem suas falhas, e aq principal vulnerabilidade é a eventual irrelevância dos assuntos em análise. Com plebiscitos sobre assuntos insignificantes terminaríamos com outra constituição de 88, que tenta regular sobre tudo que não interessa. Fala-se em plebiscito sobre reforma política. Então que seja de devemos diminuir o número de senadores, de um por Estado, para representá-lo sem divergência, e melhor ainda se for nomeado pelo governador.
Quanto aos deputados, precisamos realmente de tantos? De um número deles maior até que tem os Estados Unidos? E quanto aos deputados estaduais e vereadores? Se reduzirmos a um terço dessa sangria desatada poderemos comprar uma “VALE” a cada quatro anos, só com o dinheiro poupado
  
Aproveito um exercício de imaginação para elencar alguns outros pontos  que poderiam ser incluídos em propostas de Plebiscitos:
1.     O pagamento dos ‘super-salários’ nos três poderes deve continuar ou deve ser sustado?
2.     Como devem ser empregados os royalties gerados pela exploração de petróleo do“pré-sal”?
3. O Foro Privilegiado Deve ser mantido? O sistema prisional deve continuar diferenciado?
4. O voto deve continuar obrigatório?
5. Devemos manter Forças Armadas em condições de enfrentar as ameaças?
6. Devemos manter a política indigenista que está apontando para o esfacelamento do País em nações étnicas independentes?
7.Devemos continuar a privilegiar a vegetação nativa em detrimento da produção agrícola?
8. Qual o posicionamento que o País deseja ter no contexto internacional?
Claro, esta “viagem” sobre plebiscitos está longe de ser perfeita e muito mais de ser completa, mas se estimular o debate terá justificado sua elaboração

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