sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sayonara(QUARAÍ-RS) - EDUCAÇÃO - A CONSTRUÇÃO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL




Como fazer uma redação


Comunicar, eis a principal finalidade de uma redação. Ou seja: dizer algo, por escrito, a alguém. Mas o quê? A primeira operação para redigir um tema é compreender corretamente o enunciado contido no título. Um exame cuidadoso do título proposto dá ao estudante a exata delimitação do assunto, permite-lhe perceber imediatamente como desenvolver o pensamento para não fugir do tema. E conduz ao segundo passo: fazer um esboço do que vai ser dito.

Há quem prefira esboçar o tema mentalmente. Nunca é demais, porém, tenha o cuidado de anotar o plano, de modo que seja fácil segui-lo depois. Fazer um esboço depende, é claro, do conhecimento do aluno. E até mesmo do assunto. Mas um macete infalível é o da divisão em três partes: introdução, desenvolvimento, conclusão. Começa-se por chamar a atenção do leitor para o assunto, digamos, "A descoberta do Brasil", falando sobre a situação de Portugal no século XV, o florescimento cultural, a Escola de Sagres e as técnicas de navegação ali aperfeiçoadas. É a introdução, que conduzirá ao desenvolvimento: a frota de Cabral, seus objetivos, a viagem e seus problemas, a chegada a Porto Seguro, a comunicação da descoberta. Conclui-se de modo a evidenciar a importância que foi atribuída ao fato, na época, podendo-se adiantar algo sobre o significado histórico que teria depois.

Na exposição de assunto científico ou de caráter interpretativo, é bom lembrar que o sistema é: antecipar o que se vai provar, provar o que se havia proposto e enunciar o que já se provou. Nunca deixar, também, de enumerar em estrita ordem alfabética, todas as fontes e toda a bibliografia utilizada para compor o trabalho. Depois de tudo escrito, a tarefa ainda não terminou. A redação feita em casa ou em classe deve ser revista. É preciso ver se foram utilizadas as palavras mais expressivas, se não há erros de grafia, se a pontuação foi bem feita. Não se exige de ninguém um texto literariamente perfeito, mas escrever corretamente é obrigação.

Para piorar, a leitura é amplamente desestimulada pela mídia que, incessantemente, nos bombardeia com estímulos visuais muito mais chamativos e hipnóticos do que um texto escrito, gerando uma espécie de cultura da ignorância que, a todo momento, parece justificar o semi-analfabetismo como algo normal e até desejável. As pessoas não mais se sentem inferiores por não conseguir ler um livro. Ao contrário, gabam-se de não ter paciência ou tempo para leitura, assistem apenas aos filmes da moda, não perdem a novela por nada, e riem daqueles que ainda têm a capacidade de se encantar com uma história bem escrita, rotulando-os de nerds e cdf's.

A função é do educador. A criança tem que ser induzida, pois ela pode até ter curiosidade, gostar de ouvir histórias, mas chegar e ler, não. Vai precisar que haja um trabalho em que ela esteja envolvida numa operação de imitação de um adulto, porque, se ninguém em volta dela lê, ela não tem isso espontaneamente, tem que ser adquirido. Isso é função da escola, porque, hoje, a literatura não é entretenimento, não dá para competir com a televisão, com o vídeo game; ela é um instrumento de conhecimento de mundo, que tem que ser prazeroso e gratificante, senão a criança não aceita. A criança não vai trocar o vídeo game pela leitura, porque o vídeo game é muito mais interessante do ponto de vista técnico. Mas tudo tem que ser contrabalançado com a leitura, que leva a uma interação íntima. A mente se desenvolve através da leitura. E a literatura é a convergência da vida, tudo que acontece na vida está na literatura ou está na história. A literatura é um instrumento de desenvolvimento da mente, existencial, ético e vai ao encontro da necessidade humana de nomeação do mundo, porque interage com a palavra, que é a chave no nosso mundo. A imagem não é nada se não tiver a palavra, ela precisa de texto e o professor não pode esquecer isso, ele tem que dominar o texto. Apesar de parecer difícil, nós já estamos na hora do florescimento. A época hoje é propícia para a criação, estamos em um momento muito positivo, embora não pareça, e o professor é fundamental, porque ele domina o pensamento. Não há uma grande nação que não tenha tido grandes professores a criarem o hábito de buscarem o conhecimento do qual elas irão precisar, para serem bem sucedidas na vida pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando com isto desde cedo.

A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranquila e agradável.

Leia na próxima Edição:

Aprender e a criar neles o gosto pela leitura.

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