quinta-feira, 30 de maio de 2013

José Luiz Lopes Gomes(De Viçosa-MG) - ENVENENAMENTOS DE CHEFES DE ESTADO

(Compilação) - em retrospectiva.



SÁBADO, 19 DE JANEIRO DE 2013



(Desenvolvimentistas)

Quando se dizia que os EUA tinham ajudado a planejar e executar o golpe de 64, muita gente torcia o nariz: pura teoria conspiratória. Finda a ditadura, pesquisas acadêmicas comprovaram a verdade.


Também eram “conspiratórias” as teses de que Jango fora assassinado no exílio. As evidências de que ele de fato teve seu remédio trocado para causar a morte são cada vez mais fortes. A Comissão da Verdade deve chegar a um veredito definitivo.

Quando Chavez, Lula, Dilma e Lugo – num intervalo de 3 anos - apareceram com câncer, os mais desconfiados estranharam. Fidel foi um deles. Haveria formas de provocar o câncer num líder político adversário? Por enquanto, não sabemos. A TV venezuelana tem levado ao ar vídeos em que o próprio Chavez levanta suspeitas sobre esse fato.

E, de fato, nada deve ser descartado. Ainda mais quando Israel admite publicamente que a morte do líder palestino Yasser Arafat não foi casual. Ele teria sido envenenado com Polônio 210 – um elemento radioativo. Confiram abaixo, no texto do “Brasil de Fato” (Rodrigo Vianna)
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por Baby Siqueira Abrão, correspondente no Oriente Médio,  para o Brasil de Fato

A notícia de que os sionistas são os responsáveis pela morte de Arafat foi dada por ninguém menos do que Shimon Peres, presidente de Israel. Na sexta feira, 11 de janeiro, dia em que a resistência palestina entrou numa nova fase de luta contra a ocupação – a das ações diretas não violentas para tentar retomar suas terras, roubadas pelas autoridades israelenses –, Peres veio a público revelar que sim, os sionistas assassinaram o líder palestino Yasser Arafat.

Mais surpreendente do que a confissão foi o silêncio dos governos do mundo em relação a ela. Não houve nenhuma condenação formal, nenhuma indignação expressa em discursos diplomáticos, nada. Nem mesmo os grandes partidos palestinos se pronunciaram oficialmente, ao menos até agora. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), chefiada durantes seus anos mais difíceis por Arafat, teve um fim de semana muito atarefado para emitir algum comunicado sobre o assunto: tentava convencer a União Europeia a trabalhar pelo fim imediato da ocupação militar israelense, depois que palestinos foram arrancados pela polícia sionista da vila de Bab Al-Shams, em seu próprio país.

Tem-se a impressão de que o assassinato da maior autoridade de uma nação pelo governo de um país estrangeiro é fato comum, sem nenhuma importância. Ou talvez os governantes do mundo não se tenham surpreendido com a confissão de Peres porque já sabiam do fato.

Mas exatamente por isso as condenações deveriam ser efetivas, como as sanções econômicas que o Conselho de Segurança da ONU gosta de impor a países escolhidos a dedo por sua independência em relação às políticas econômicas dominantes, gestadas em grandes centros financeiros mundiais, e à agenda das guerras: às drogas, ao narcotráfico, ao terrorismo, guerra sem fim. Todas destinadas a alimentar o caixa do complexo industrial militar do eixo Estados Unidos-Europa-Israel.

A confissão de Simon Peres não teve nem mesmo algum sinal de arrependimento pela trama sórdida que levou à morte de um ser humano. O presidente limitou-se a dizer que a decisão foi um erro estratégico por dois motivos: porque com Arafat era possível conversar e porque sua eliminação levou a uma situação “mais difícil e complexa”.

As declarações do presidente de Israel não teriam sido feitas, porém, se a rede de mídias Al-Jazeera, financiada pelo Qatar, não tivesse enviado para exame alguns pertences pessoais de Arafat. Realizado pelo Instituto de Radiofísica de Lausane, na Suíça, o exame revelou “uma elevada, inexplicável e insuportável quantidade de polônio 210 nos fluidos biológicos encontrados nos objetos pessoais do sr. Arafat”, como explicou François Bochud, diretor do instituto à Al-Jazeera. O polônio 210 é um elemento radioativo potente, capaz de matar em pouco tempo, e provoca os mesmos sintomas que Arafat começou a sentir em 25 de outubro de 2004. Em 11 de novembro, ele estava morto.

O programa que a Al-Jazeera levou ao ar em 3 de julho de 2012 rompeu o pacto de silêncio que havia em torno da morte do líder palestino. Por insistência de Suha, viúva de Arafat, seu corpo foi exumado por especialistas suíços e franceses em novembro do ano passado e amostras seguiram para análise. Os resultados confirmaram o envenenamento.

Esse fato, e as provas documentais de que Ariel Sharon, primeiro-ministro israelense à época da morte de Arafat, havia mandado assassiná-lo, trouxeram à tona aquilo que todo palestino já sabia e vem falando abertamente em conversas nas ruas, nas lojas, nos ônibus da Palestina. Faltavam apenas as provas, conseguidas agora, nove anos depois do crime.

Mais detalhes sobre o caso você encontra aqui: 
Tem-se a impressão de que o assassinato da maior autoridade de uma nação pelo governo de um país estrangeiro é fato comum, sem nenhuma importância. Ou talvez os governantes do mundo não se tenham surpreendido com a confissão de Peres porque já sabiam do fato.
Mas exatamente por isso as condenações deveriam ser efetivas, como as sanções econômicas que o Conselho de Segurança da ONU gosta de impor a países escolhidos a dedo por sua independência em relação às políticas econômicas dominantes, gestadas em grandes centros financeiros mundiais, e à agenda das guerras: às drogas, ao narcotráfico, ao terrorismo, guerra sem fim. Todas destinadas a alimentar o caixa do complexo industrial militar do eixo Estados Unidos-Europa-Israel.

A confissão de Simon Peres não teve nem mesmo algum sinal de arrependimento pela trama sórdida que levou à morte de um ser humano. O presidente limitou-se a dizer que a decisão foi um erro estratégico por dois motivos: porque com Arafat era possível conversar e porque sua eliminação levou a uma situação “mais difícil e complexa”.

As declarações do presidente de Israel não teriam sido feitas, porém, se a rede de mídias Al-Jazeera, financiada pelo Qatar, não tivesse enviado para exame alguns pertences pessoais de Arafat. Realizado pelo Instituto de Radiofísica de Lausane, na Suíça, o exame revelou “uma elevada, inexplicável e insuportável quantidade de polônio 210 nos fluidos biológicos encontrados nos objetos pessoais do sr. Arafat”, como explicou François Bochud, diretor do instituto à Al-Jazeera. O polônio 210 é um elemento radioativo potente, capaz de matar em pouco tempo, e provoca os mesmos sintomas que Arafat começou a sentir em 25 de outubro de 2004. Em 11 de novembro, ele estava morto.

O programa que a Al-Jazeera levou ao ar em 3 de julho de 2012 rompeu o pacto de silêncio que havia em torno da morte do líder palestino. Por insistência de Suha, viúva de Arafat, seu corpo foi exumado por especialistas suíços e franceses em novembro do ano passado e amostras seguiram para análise. Os resultados confirmaram o envenenamento.

Esse fato, e as provas documentais de que Ariel Sharon, primeiro-ministro israelense à época da morte de Arafat, havia mandado assassiná-lo, trouxeram à tona aquilo que todo palestino já sabia e vem falando abertamente em conversas nas ruas, nas lojas, nos ônibus da Palestina. Faltavam apenas as provas, conseguidas agora, nove anos depois do crime.

Mais detalhes sobre o caso você encontra aqui: Yasser Arafat foi envenenado?

Leia outros textos de Outras Palavras





Israel admite participação na morte de Arafat
14 JANEIRO 2013

Nesta sexta-feira, o presidente do regime israelense, Shimon Peres, admitiu, pela primeira vez, a participação do regime de Tel Aviv na morte do ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yaser Arafat.

Não obstante, o titular do regime de Israel afirmou que não deveriam ter eliminado Arafat, pois com ele seria possível trocar (opiniões).

Para Peres, a morte de Arafat gerou uma situação mais difícil e complexa.

O líder palestino, Yaser Arafat, faleceu em 11 de novembro de 2004, na França, após várias semanas de tratamento médico.

Naquele momento, as autoridades francesas se negaram a revelar a causa exata da morte do líder da ANP, protegidas por leis de privacidade. Existiam notícias de que o serviço de inteligência do regime de Israel (o Mosad) tinha o envenenado com tálio, uma substância radioativa.

Em finais de novembro, um grupo de especialistas franceses e suíços exumaram o cadáver de Yaser Arafat, em Ramallah, na Cisjordânia, para esclarecer as causas de sua morte e confirmar se a mesma tinha sido provocada por envenenamento.

Os resultados revelaram o envolvimento das autoridades do regime israelense no assassinato do líder palestino, dado que as mostras apontam que a causa de sua morte foi o envenenamento. Além disso, existem documentos que demonstram que o ex-primeiro ministro do regime israelense, Ariel Sharon, ordenou o assassinato de Arafat durante uma conversa com seu ex- ministro de assuntos militares, Shaul Mofaz.


Israel admite que matou vice de Arafat em 1988
Há muito tempo o país é suspeito da morte, mas só agora o censor militar permitiu a divulgação da informação
01 de novembro de 2012 | 13h 26


AE - Agência Estado
TEL-AVIV - Após quase 25 anos de segredo, Israel admitiu nesta quinta-feira, 1, que matou o vice do líder palestino Yasser Arafat em 1988, em uma operação em Túnis, capital da Tunísia. Há muito tempo o país é suspeito de ter assassinado Khalil al-Wazir, mais conhecido por seu nome de guerra, Abu Jihad.
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AP
Abu Jihad (direita) ao lado de Yasser Arafat
No entando, somente hoje o censor militar permitiu que o jornal Yediot Ahronotpublicasse a informação, incluindo uma entrevista com o soldado que matou Jihad. Dezenas de operações ousadas e polêmicas foram atribuídas a Israel ao longo dos anos, mas o país raramente assume a responsabilidade.
O reconhecimento da missão contra Jihad oferece um raro vislumbre das operações secretas do Estado judeu. Abu Jihad fundou a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) com Arafat e foi responsabilizado por vários ataques contra israelenses.
Com AP


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