terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Hospital Público Municipal é o melhor para a Saúde da população




                   

         O Hospital público municipal é o mais indicado para atender às necessidades da população, dentro do princípio constitucional de que “Saúde é direito de todos”.  Não tem capital privado como parte de uma sociedade que se apregoa “sem fins lucrativos” e passa a ideia de caridade.  Saúde como caridade humilha as pessoas em seu direito legítimo tanto pela condição humana, quanto pelo exercício de cidadania que a caridade aniquila. 

         Pode até acontecer de um grupo bem intencionado fundar uma instituição para usar o seu capital socialmente. Mas isto não passa da primeira geração. Logo em seguida, os participantes de uma sociedade nesses moldes procuram, direta ou indiretamente, levar vantagem com os ‘benefícios’ oferecidos às parcelas carentes da população.  Os recursos para a saúde são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde(SUS) suficientemente sem depender desses favores, que colocam os assistidos reféns  dos seus caprichos. Raro é o capitalista que aplica seu dinheiro sem pensar em retorno. Se procurar de vela acesa, pode ser que encontre algum com esse espírito desprendido.

         Em Visconde do Rio Branco percebemos nitidamente a partidarização da saúde pública controlada pelo capital privado. As duas correntes que se revezam no poder nos últimos 28 anos, são encabeçadas por duas pessoas, cada uma representando uma casa hospitalar: Hospital São João Batista, administrado por uma Associação Beneficente; e a Casa de Saúde Santa Rosa, fundada como instituição privada. Ambas fazem funcionar, na prática, o bipartidarismo local, que envolve funcionários e clientes de uma e de outra.

         Os partidos naturais da vida política têm nenhuma expressão diante do domínio dos interesses dos grupos de um lado e de outro. Pode-se dizer que os cidadãos com menos de 30 anos vêm tendo sua definição partidária a partir do ventre materno, nos acompanhamentos do pré-parto por onde as gestantes recebem tratamento. E a disputa pelo poder está ligada ao que poderá o eleito destinar à instituição que lhe dá suporte eleitoral.

         Nesse imbróglio, o Município alcançou no ano passado relevante posição no ranking da Saúde, quando recebeu pontuação pelas avaliações do SUS, conforme consta no site da Prefeitura: “ Visconde do Rio Branco saiu na frente com a média 6,21 consolidando ainda mais o nome de nossa Cidade no que diz respeito aos serviços de saúde prestados no município.  Enquanto a média do Brasil ficou com 5,47 / Região Sudeste 5,56/ Minas Gerais 5,87.”

       Com o resultado das eleições, o jogo virou. A Lei de Responsabilidade Fiscal impede que o Prefeito em fim de mandato deixe dívida para o sucessor.  E, nem sempre, os estoques de remédios puderam ser recompostos.  Faltou remédio na Farmácia Municipal. 

       Com a posse da recente administração surgiu mais um fato que veio agravar o problema da Saúde. Das duas casas hospitalares, uma deixou de ter repassada a verba do SUS, a Casa de Saúde Santa Rosa. E o Hospital São João Batista, beneficiado com a exclusividade do repasse, deixou de ter capacidade para atender a demanda.

Fonte fidedigna passou-nos esta informação:  “OUTRO DETALHE QUE DEVEMOS OBSERVAR É QUE O MUNICÍPIO DAVA PARA A CLÍNICA E O HOSPITAL 10 MIL PARA CADA E O DR JOÃO CRIOU UM FUNDO DE 50 MIL REAIS PARA A CLÍNICA NÃO FECHAR, COM ISSO A ASSERVE PASSOU A SEDE PRA LÁ.  ALIADO A ISSO O IRAN PASSOU A ASSERVE PARA O HOSPITAL E A VERBA DE 60 MIL QUE ANTES ERA DA CLÍNICA PASSOU A SER DO HOSPITAL ASSIM ACREDITO NO FECHAMENTO DA CLINICA”, conclui.

Na última quinta-feira, 14, moradores de fora, alguns de São Geraldo, diziam que a Casa de Saúde Santa Rosa só estava atendendo para tratamento particular.  Neste caso, o Sistema Único de Saúde estaria dando cobertura somente para o Hospital, que se encontrava lotado, sem vaga para internação.

         Serviço público prestado por particulares resulta em prejuízo para a população.  Procura maior do que a oferta dá lucro para quem presta o serviço, e encarece seus preços.

         Por todas essas razões, o Hospital Público Municipal serve melhor aos contribuintes do Erário e ainda pode atender solidariamente os moradores de outros municípios que não disponham de unidade hospitalar.  Privatizar os serviços do Estado e dos municípios torna-se danoso para o povo, principalmente quando se trata de atividades indispensáveis, como saúde. A doença não manda aviso prévio. A falta do atendimento, ou o preço desse serviço, tratado sordidamente como “mercadoria”, resulta em perda de vidas.

         Tratar desses problemas é tarefa para estadistas, não para políticos comuns.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)    

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