terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chuvas despertam cuidados em Visconde do Rio Branco


                                          
         Nos últimos dias as chuvas vêm caindo com mais frequência. Hoje caem durante todo o dia.  Os acontecimentos dos últimos anos, principalmente a enchente de 02 de janeiro de 2012, servem de alerta para que sejam tomadas medidas preventivas, e que a Defesa Civil fique de prontidão.  A qualquer momento pode haver temporal, ou qualquer outro fenômeno, como tromba d’água, que venha a provocar o transbordamento dos Rios Chopotó e Piedade.  Até agora estamos sendo contemplados com o tempo equilibrado entre uma pancada e outra.  O Verão iniciou-se oficialmente em dezembro. E vai até março. As “Águas de Março” ainda não passaram.

         Em nossa região estamos habituados às grandes precipitações pluviométricas entre outubro e janeiro.   Se tiver encerrado o ciclo, estamos praticamente livres do transtorno.  As duas últimas enchentes de monta aconteceram em 25 de novembro de 2010 e 02 de janeiro de 2012. E estamos a dois dias do fim deste primeiro mês do ano. 

         Mas de uma coisa podemos estar certos: os fenômenos naturais não combinam calendário com ninguém. O que deixou de acontecer até agora, pode estar sendo uma oportunidade para serem tomadas as devidas precauções que evitem exposição de vidas ao perigo e risco de prejuízos materiais.

         Ao fim de um mês de novos mandatos  nos poderes executivo e legislativo, pouco é dado  perceber nas ações de reparos de ruas no centro da cidade e, principalmente, ao longo da Avenida Beira Rio. Os buracos das pistas em torno da Praça 28 de Setembro e adjacências crescem a cada dia, com a umidade das chuvas mansas, e com o movimento normal dos veículos no cotidiano. Aquela Avenida, mesmo depois da construção dos gabiões ainda no ano passado, continua defeituosa e apresenta um trecho com  passagem perigosa estreita sobre barranco à margem do curso de água, próximo à ponte da Água Limpa. 

          Não se pode negar que houve demonstração de poder em eventos festivos com interdição da Praça 28 de Setembro nos dois últimos sábados à noite. A proximidade do Carnaval justifica.  Tudo é questão de ponto de vista sobre prioridade: O Carnaval, ou as obras de reparação das vias de trânsito.  Ou poderiam ser cuidadas as duas coisas ao mesmo tempo?
                                            Trecho da Av. Beira Rio - CM23/12/2012
                                      Trecho da Av. Beira Rio - CM23/12/2012

         De qualquer maneira, sentimos certo alívio por até agora não ter havido temporal e enchentes. Entretanto, o perigo ainda não passou.  Se as chuvas continuarem mansas e equilibradas, muito bom.  Mas março ainda está por vir. Desta vez parece  haver uma inversão no tempo: na Primavera os termômetros estiveram altos marcando próximo aos 40ºC., durante vários dias.  Agora, a elevada umidade do ar tem provocado um esfriamento que quase sugere o uso de agasalhos. Ninguém sabe o que de fato virá a acontecer.

         Estamos prensados sob dois tipos de tragédia: as enchentes em nossa cidade, Guidoval, Muriaé e outras vizinhas;  e o incêndio na boate, na distante Santa Maria, do Rio Grande do Sul.  As primeiras pelas experiências por nós vividas nos últimos anos; a segunda pelas aglomerações naturais das festas de Momo, com seus apetrechos inflamáveis, sem os quais o Carnaval fica nu.

         Um pouco de chuva durante a folia diminuirá o perigo de incêndio sobre os blocos de rua e escolas de samba. Mas não evita, e até aumenta o risco de curto circuito nos ambientes fechados dos salões.

         Estamos a 10 dias do Carnaval. Se os buracos do asfalto e os defeitos no calçamento de bloquetes e paralelepípedos forem reparados, ou pelo menos, minimizados, em uma emergencial  operação tapa-buracos, o trânsito fluirá melhor neste período nas ruas que restam fora da Praça 28 de Setembro, já que ela, como sempre, ficará interditada talvez desde a sexta-feira, 08, até a terça, 12, do mês que vem.

         Esse período de fechamento da Praça força as opções para a Av. Benedito Valadares (da Rua Nova até o Cemitério) para quem se desloca para as Ruas Voluntários da Pátria, Santo Antônio, Bairro de Lourdes e suas ramificações. Essa Avenida tem o trecho inicial de aclive forte, estacionamento dos dois lados e funciona em mão dupla.  Muito perigosa em paradas forçadas no meio do morro. As opções para o lado da Chácara, Piedade e Barra dos Coutos poderão depender de subir esse mesmo morro e, em frente à Igreja de Santo Antônio, dobrar para a Rua Major Felicíssimo(Beira Linha).  Quem vai para Rua Nova – Av.Dr.  Carlos Soares -, a depender de onde esteja, terá que procurar a mesma Major Felicíssimo até a Praça Correa Dias, seguir pelas Ruas do Divino, trecho da Rua Nova, Coronel Geraldo e General Ozório.  A Beira Rio tem pouca serventia nesta ocasião, principalmente se estiver chovendo. O trecho danificado nas proximidades da Ponte da Água Limpa corre o perigo de algum veículo despencar dentro do Rio. 

         O município já passa por constantes engarrafamentos por causa das pistas esburacadas e do grande número de veículos que trafegam pelo centro.  Na ocasião de festas o número de veículos dobra. E agrava mais o estado de saturação do espaço central da cidade devido à alta densidade demográfica e a carência de vias públicas que deem escoamento ao tráfego.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@mail.com)   

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