quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Apesar da receita do IPVA, ruas continuam esburacadas







      O mês de janeiro acaba hoje.  Faz 31 dias que os eleitos tomaram posse em Visconde do Rio Branco. O prazo de pagamento do IPVA, ou da 1ª parcela, aconteceu do dia 13 a 27, conforme o final da placa.  Os bancos arrecadadores creditam à Prefeitura, automaticamente, metade da arrecadação sobre os veículos emplacados neste Município; e metade para o Estado.  Sendo assim, parte da receita gerada para reparos e manutenção das vias públicas já está à disposição do poder executivo.

         Até hoje as ruas principais, no centro, continuam esburacadas como antes da posse, algumas em piores condições por falta de manutenção a tempo.

         O site da Prefeitura exibe hoje matéria em que traduz palavras do Prefeito Iran:
  “Começamos a recuperar o asfalto das principais ruas e avenidas da cidade já neste primeiro mês do ano, e a meta é fazer o mesmo em todo o município”.  

       É difícil imaginar que a Praça 28 de Setembro, as Ruas Voluntários da Pátria, a Avenida São João Batista, as Ruas Floriano Peixoto e Santo Antônio não sejam consideradas “principais”, para serem excluídas “neste primeiro mês do ano”.  Afinal, todo o fluxo de um lado para outro da cidade passa necessariamente por essas vias. E a impossibilidade de deslocamento rápido, por causa dos buracos, provoca situação caótica no trânsito. Este primeiro mês acaba daqui a poucas horas.

O mesmo site divulga imagens de reparos.  E informa: “A operação começou no bairro Novo Horizonte e será estendida a todos os demais bairros para que todas as vias públicas passem pelo processo de revitalização. Os serviços são executados pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que estima utilizar cerca de 250m² de asfalto na operação.



  

Convenhamos: 250m² de asfalto correspondem à área de um lote pequeno de 10 metros por 25.
Será que todos os buracos no perímetro urbano cabem em um espaço tão pequeno?

O Bairro Novo Horizonte é importante como os demais existentes na cidade. Mas, na estratégia do tráfego intenso diário, as áreas centrais merecem prioridade, enquanto não houver recurso para a correção de todos os espaços viários. Avenidas São João Batista, Theophille Dubreil, Dr. Carlos Soares, e Ruas Santo Antônio, Voluntários da Pátria, do Rosário, General Ozório servem de escoamento o tempo todo para os bairros periféricos, para as cidades vizinhas e para a zona rural.

Procuramos reler por várias vezes esses 250m² de asfalto para ver se não havia engano, embora a cópia se dera por processo eletrônico.  Não seriam 2.500m²?  Estaria melhor.

Se ficar nessa área igual a um lote pequeno, poderá servir somente para pose em fotografias.
Torcemos para que haja falha nesse número divulgado, no sentido de termos esperança de que a reparação das ruas centrais seja efetiva, assim como todo o perímetro urbano, já que o próprio Secretário de Obras, Jackson Barreto, afirma no mesmo site:  “As ruas estavam em estado deplorável devido a quantidade de buracos, atrapalhando o trânsito e gerando insegurança. Diante desta situação a população fez inúmeras reivindicações no início deste ano e estamos trabalhando para atender a demanda o mais rápido possível”. 

E este jornal se junta ao apelo da população para reforçar o pedido de maior abrangência da operação tapa-buracos, como uma medida provisória.  O ideal é a correção total dos trechos estragados, com um trabalho bem feito de drenagem e reconstituição da malha viária de maneira compactada dentro das técnicas recomendadas para esse fim.  O asfalto nunca permite um remendo perfeito. A massa nova parece que não se agrega seguramente à velha e sofre um tipo de rejeição semelhante a corpo estranho.  Dentro de pouco tempo, as chuvas e as fricções das rodas arrancam o remendo, e os buracos voltam.

Estamos a poucos dias do Carnaval. As pessoas que vêm passar o feriadão na cidade deverão chegar a partir da próxima segunda-feira.  Gostaríamos de crer que houvesse tempo para que nossas ruas e avenidas estivessem em boas condições para o movimento de tantos veículos, cujo número dobra nessas ocasiões.

Do jeito que está, se Momo andar a pé por nossas ruas, poderá torcer o tornozelo e passar o seu reinado brincando de muletas.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)

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