quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

COLUNA DA MÁRCIA MARIN(Angel City-PR) - No dia 19 de janeiro de 1982 Elis Regina saiu de cena.







Do BAÚ, um de seus maiores clássicos:
Madalena, música de Ivan Lins e letra de Ronaldo Monteiro de Souza



Elis Regina Carvalho Costa: Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982.

Elis Regina é considerada por muitos críticos, “comentadores” e outros músicos, a melhor cantora brasileira de todos os tempos. Com os sucessos de “Falso Brilhante” e “Transversal do Tempo”, ela inovou os espetáculos musicais no país e era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música.

Como muitos outros artistas, Elis surgiu dos festivais de música na década de 1960 e mostrava interesse em desenvolver seu talento através de apresentações dramáticas.

Seu estilo era altamente influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria; ela foi a grande revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão" de Vinicius de Moraes e Edu Lobo.

Tal feito lhe conferiu o título de primeira estrela da canção popular brasileira na era da TV. Enquanto outras cantoras contemporâneas como Maria Bethânia haviam se especializado e surgido em teatros, ela deu preferência a rádios e televisões. Seus primeiros discos, iniciando com “Viva a Brotolândia” (1961), refletem o momento em que transferiu-se do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro, e que teve exigências de mercado e mídia. Transferindo-se para São Paulo em 1964, onde ficaria até sua morte, logrou sucesso com os espetáculos do “Fino da Bossa”. Encontrou uma cidade efervescente onde conseguiria realizar seus planos artísticos.

Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, diretor do Fino da Bossa, e ambos tiveram João Marcelo Bôscoli.

Elis Regina aventurou-se por muitos gêneros da MPB, passando pela bossa nova, o samba, o rock ao jazz. Interpretando canções como "Madalena", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista", que ainda continuam famosas e memoráveis, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo e ditadura militar no país. Ao longo de toda sua carreira, cantou canções de músicos até então pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro.

Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim, Simonal, Rita Lee, Chico Buarque—que quase foi lançado por ela não fosse Nara Leão ter gravado suas músicas antes—e, por fim, seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, com quem teve os filhos Pedro Mariano e Maria Rita. Mariano também ajudou-a a arranjar muitas músicas antigas e dar novas roupagens a elas, como com "É Com Esse Que Eu Vou".

Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns “Em Pleno Verão” (1970), “Elis & Tom” (1974), “Falso Brilhante” (1976), “Transversal do Tempo” (1978), “Saudade do Brasil” (1980) e “Elis”.

Ela foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil.

Elis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre 

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