quarta-feira, 21 de novembro de 2012

José Luiz Lopes Gomes(De Viçosa-MG) - CORRUPÇÃO NÃO É EXCLUSIVIDADE NOSSA. MAS IMPUNIDADE, SIM

(Compilação)


Francklin de Sá

A corrupção em nosso país tem feito história e exemplos não tem faltado principalmente no meio político e, este cancro só tem crescido devido à falta de cumprimento e de execução da lei, que tem deixado os envolvidos impunes. 

Antes acusávamos o longo período da ditadura militar onde tudo era proibido desde comentar, denunciar ou exigir a apuração dos  atos de corrupção.

Mas, desde a década de 80, vivemos sob o manto da ‘democracia’, onde já se passaram três décadas e, teoricamente, nos é permitido denunciar, cobrar providências e pedir punição dos corruptos.

Mas, o que temos visto pelos atos do dia-a-dia, parece que em vez de diminuir, a corrupção só tem aumentado em todos os níveis da administração pública. A situação chegou a tal ponto, que tem sido tema frequente nos meios  comunicação.

Nomes como Paulo Maluf, Fernando Collor, Palocci, José Sarney, Jader Barbalho, Anthony Garotinho entre tantos outros, nos trazem tristes lembranças sobre a corrupção no Brasil. E tem sido triste ver esses homens posarem de gente bem e de pessoas honestas, chegando ao extremo de querer da aula e exemplo de correção.

Apesar de aparentemente vivermos em um caminho sem volta, existem medidas e atitudes que poderiam combater com eficácia e eficiência a corrupção no Brasil, desde que a sociedade se conscientizasse de que se ela não estiver organizada, comprometida e envolvida dificilmente iremos banir de vez essas práticas, que só têm prejudicado o País, principalmente a população pobre.

Apesar de a corrupção ser considerada uma prática corriqueira das elites dirigentes, porém, não é uma exclusividade sua, sendo praticada por todos, cuja criatividade, em nosso País, são praticamente inesgotáveis envolvendo problemas estruturais, sociais e pessoais, diante de uma sociedade passiva, que permite ver se instalar a mais nociva e perversa da ação política – a corrupção -, que deteriora as próprias estruturas.

A corrupção impune chegou a tal ponto, que há quem ouse afirmar que um terço do que é arrecadado no país escorre pelos ralos da corrupção.
Se esta afirmativa for verdadeira, então podemos dizer que um terço do PIB nacional vai para o bolso dos corruptos.

Diante disso, a população vê faltar recursos para que tenhamos  uma sociedade mais assistida pelo poder público, com a oferta de uma educação e serviços de saúde de qualidade, por exemplo.
Mas afinal, o que é corrupção, tão cantada em versos e prosa em todos os recantos do País?

Para responder, iremos direto ao assunto, sem rodeios. 
Corrupção política é o ato praticado pelo homem político, que busca aproveitar-se e apropriar-se do que é da sociedade, em benefício próprio. Na linguagem popular, corrupção significa roubar o que é do povo.
Portanto, não há nenhuma diferença entre o assaltante de banco e o político corrupto. 
A única diferença é que se  o primeiro for pego, ele será punido pela justiça, já o segundo.... Para eles não há justiça. 

E, cientes da sua impunidade, os nossos dirigentes o fazem abertamente, sem qualquer escrúpulo.

E este mal que atacou as nossas instituições, faz com que caminhemos em passos vagos. Apesar de o País arrecadar trilhões de reais por ano, temos uma perversa distribuição de renda e uma péssima oferta dos serviços públicos, fruto da roubalheira, sem que o Estado, através dos dirigentes, tome qualquer medida visando não só extirpar este mal, mas, também, obrigar que os recursos roubados retornem aos cofres públicos. 
Até parece que o Estado brasileiro apoia estes trambiqueiros.

Diante de tanta corrupção que assola o País de norte a sul e de leste a oeste, não há como deixar de se indignar, principalmente por estarmos conscientes que o dinheiro desviado pelos corruptos, não nos tira apenas a dignidade, mas também a merenda do estudante da escola pública, o medicamento do homem pobre e os serviços públicos de qualidade para a sociedade.

Com a corrupção, ganha o corrupto e perde a maioria da população, que vê a falta de investimentos em educação e em saúde, por exemplo. 

Enquanto a mídia vive a noticiar fraudes dos governos, dos políticos e das empresas, a educação sofre por falta de recursos; a saúde enfrenta dificuldades com a falta de medicamentos, de leitos e médicos; a segurança pública é punida, com a sociedade assistindo seus jovens entregues às drogas e a criminalidade e as autoridades nos enganando dizendo estarem fazendo o necessário para melhorar os serviços públicos prestados à sociedade.

Vivemos hoje em um País, que as palavras política, corrupção e superfaturamento viraram sinônimos. Todos os dias lemos inúmeras matérias que abordam sobre os desvios de verbas públicas, de superfaturamento de obras além de tantos outras  falcatruas praticadas pelos políticos, os quais deveriam usar o poder para ajudar a população.

As constantes e continuadas denúncias de desvio das verbas, divulgadas pela imprensa diariamente, até parece ser uma coisa orquestrada. De tão repetidas, fazem com que a indignação dos cidadãos diminua a cada dia e, sem ser pressionados pela sociedade, os corruptos se sentem fortalecidos e encontram métodos para se livrar das acusações. Para isso bancam os melhores advogados.

Enquanto a sociedade não tomar consciência de que a corrupção produz pobreza e impede o desenvolvimento do país, ela não irá se mobilizar e se indignar para dar um basta. Ela não irá pressionar o Judiciário a agir contra esses ladrões de colarinho, paletó, calça e sapato branco. Chega dos presídios ser apenas locais para abrigar Pobre, Preto e Prostituta.

Apesar de que, após a os envolvidos no Mensalão do PT serem apenados pelo STF, o ministro da Justiça, a quem cabe  a responsabilidade  da administração penitenciária do País, afirma que os nossos presídios degradam o ser humano e que, ele preferia morrer a ir para lá, cujo modelo remonta a idade média. Quando só eram os três P’s que o utilizavam, ninguém havia observado esta situação de degradação, muito pelo contrário. Mas todos sabemos o sentido das suas palavras.




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