quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Trânsito lento e engarrafamento. Descentralização tem que continuar




O trânsito em um raio de um quilômetro, em torno da Praça 28 de Setembro, mostra que o Centro da cidade ficou saturado para qualquer atividade que dependa do uso de veículos. 

No horário comercial, sobretudo na parte da tarde, tem sido difícil  trafegar e estacionar.  Faltam espaços e opções para um desempenho satisfatório nas idas e vindas, compras, vendas, procura de atendimento médico e demais atividades comuns na vida das pessoas e das empresas.

A esquina do Pecado – cruzamento da Av. Dr. Carlos Soares e Rua Coronel Geraldo é um dos pontos de referência para o caos de sempre.  Qualquer manobra para carga e descarga no seguimento de uma dessas vias, congestiona tudo, principalmente se dois veículos grandes(ônibus e caminhões) se cruzam na disputa de passagem.
Equina do Pecado. Desce Rua Nova. Imagem: Isah Baptista
Esquina do Pecado. Sobe Rua Nova. Imagem: Isah Batista


Quem procura a direção do Bairro Jardim Alice, passará pelo sufoco de trecho da Cel. Geraldo e da Teófilo Otôni. E somente vai ‘desafogar’ nas proximidades das instalações remanescentes da Usina São João(Bouchardet).
Rua Cel. Geraldo: sentido Esquina do Pecado>Praça 28 de Setembro. Imagem: Isah Baptista


Rua Cel. Geraldo: Sentido Esquina do Pecado>Rua Téofilo Otôni, ou Gel Osório. Imagem: Isah Baptista
Rua Teófilo Otôni(Instalações da Usina São João. Imagem: Isah Baptista



E se alguém precisa estacionar nas primeiras quadras desse trecho, desista. Nem os estacionamentos rotativos existem.  Tem que deixar o carro longe de seu destino e fazer uma boa caminhada para atingir seus objetivos.

Quem pretende tomar a direção do Terminal Rodoviário – Bairro São Jorge – e São Geraldo, Guiricema ou Ubá, pelo Trevo do Filipinho, somente encontra alívio depois da esquina da Travessa Souza Lima, na Rua General Ozório. E, na direção da Colônia, só depois do cruzamento com a Rua Conselheiro Santana(Formiga), se optar por distância com três quilômetros a menos, mesmo assim terá de enfrentar uma estrada estreita, sem acostamento e de mão dupla.
Trevo do Filipinho. Imagem: Luiz Bareza


Em muitas dessas vias, há o embaraço das caçambas de lixo e entulho a ocupar metade da pista, sem se falar no próprio caminhão recolhedor dessas caçambas e do lixo comum, a rodar na sua lentidão, com paradas repetidas que mais retém o movimento.  A coleta deveria ser feita em horário apropriado, fora da hora do “rush” nas áreas centrais e nas vias principais que dão escoamento para a periferia.  Nesses instantes, seria de bom senso coletar nos bairros e nas ruas secundárias.

É difícil imaginar criatividade para abertura de novas vias de trânsito no perímetro de que falamos. O espaço para principais atividades públicas e privadas do município é pequeno, espremido entre morros e colinas adjacentes.

Não há saída senão expandir para um raio maior. Torna-se assim um meio de levar progresso, conforto e assistência aos moradores distantes do Centro.

Com facilidade de mobilização, os prestadores de serviço, autônomos e empresários sentir-se-ão estimulados a levarem seus negócios para onde estão seus fregueses e clientes para garantir suas receitas indispensáveis à recompensa de seus trabalhos e investimentos.

A propósito, vale lembrar o problema dos moradores dos bairros situados nos altos de morro: a falta de coletivos para o deslocamento de trabalhadores, de idosos e de pessoas com dificuldade de locomoção por enfermidade ou de deficiência  física.

Como comentamos muitas vezes, esses bairros foram  construídos sem qualquer planejamento.  E a condução teria de ser um dos objetos a serem considerados antes da sua criação, sem se falar na questão ecológica. Mas, já que se construiriam esses bairros, as linhas de coletivos teriam de constar nos itens exigidos  para a sua efetivação.  Antes tarde do que nunca. Torna-se uma das necessidades a serem enfrentadas pelos futuros dirigentes.  E é mais uma medida que fará a cidade crescer na imperiosa descentralização.  A facilidade de ir e vir produz desenvolvimento a qualquer lugar. E essas linhas de ônibus hão de ter seu itinerário a ligar os extremos da área urbana, com passagem fora dos pontos sujeitos aos habituais congestionamentos.  

 (Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário